quarta-feira, 19 de novembro de 2008

VII Campeonato Estadual de Conjunto de Capoeira – Troféu Aminthas Loureiro, realizado nos dias 25 e 26 do mês de maio do ano de 2007 no Centro de Treinamento da Secretaria de Estado de Esportes e Lazer (Sesport). Além de agregar 28 municípios capixabas na competição, o Estadual teve a presença de atletas de Portugal, Itália, Canadá e Finlândia, em uma roda de intercâmbio.

O Grupo Sagaz capoeira também recebeu sua premiaçao ficando em 2º lugar entre 18 grupos de capoeira participantes, reunindo aproximadamente 1.700 atletas que competiram na modalidade de Conjunto.

Sendo as três primeira colocações:
1º lugar - Grupo Revivendo Muniz Freire, de Muniz Freire.
2º lugar - Grupo Sagaz Capoeira, de Nova Venécia.
3º lugar - Grupo São Salvador, de Cariacica.

“Este ano tivemos a surpresa de termos dois grupos do interior como primeiros colocados. Agora, a Federação de Capoeira do Estado do Espírito Santo (Fecaes) vai levar estes grupos para apresentações na Vila Olímpica do Pan-Americano, onde, estarão outras Federações com os melhores conjuntos de seus estados na categoria Livre”, comentou o presidente da Fecaes, Alcebíades Milton Cabral.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

REGULAMENTO INTERNACIONAL DE CAPOEIRA

De cumprimento, no Brasil, pelos órgãos de governo nos termos do IV do Artigo 217 da Constituição Federal Brasileira e de adoção obrigatória por todos os praticantes, nos termos do Parágrafo 1° do Artigo 1° e do Item IV do Artigo 4°, parágrafo 3° do Art. 5° e do Art. 14 da Lei Federal 9.615 de 24/03/98 (Lei Pelé), do Art. 18 do Decreto Federal 2.574 de 29/04/98 e do Item III do Artigo 2° da Lei 9.696 de 01/09/98 (Regulamenta da Profissão da Professor de Educação Física).

TÍTULO III

DA NOMENCLATURA OFICIAL DE MOVIMENTOS

Artigo 16- Para estabelecer a Nomenclatura Oficial de Movimentos, buscaram-se as raízes desportivas da Capoeira tomando-se por base histórica os trabalhos deixados por Plácido de Abreu, Raul Pederneiras, Annibal Burlamaqui (Zuma), Coelho Neto, além de Innezil Pena Marinho, tendo como bases atuais, os referenciais obtidos pelos trabalhos de Me. Bimba (Manuel dos Reis Machado), fundador da segunda Escola Técnica de Educação Física no país e Me. Pastinha (Vicente Ferreira Pastinha), fundador do primeiro Centro Esportivo de Capoeira, entendendo entretanto como única a Capoeira, porém considerando-se distintos seus os padrões de jogo advindos do emprego dos padrões de ritmos do berimbau em cada um dos legados que nos foram deixados como herança cultural, resgatando-se as nomenclaturas encontradas nas obras dos mesmos e que doravante serão padronizados pela C.B.C. no Brasil e pela FICA em âmbito internacional.

Parágrafo Único- Em virtude de alguns movimentos serem apenas adaptações de outros ou em alguns casos derivações, ficou deliberado como Nomenclatura Oficial de Movimentos a proposta apresentada pela Diretoria Técnica da CBC, sob a responsabilidade do Me. Paulo César Almeida Prado (Puma), já difundida no Livro "O Trivial da Capoeira" da "Coleção Formar" Volume I da CBC Editora Araújo Gama, conforme tabela abaixo:

NOMENCLATURA OFICIAL DE MOVIMENTOS

A- MOVIMENTO FUNDAMENTAL:

1-Ginga;

B- MOVIMENTOS DESEQUILIBRANTES:

  1. Aú;
  2. Arpão de Giro;
  3. Cocorinha;
  4. Negativa;
  5. Rolé;
  6. Pião;
  7. Esquiva;

    C- MOVIMENTOS DESEQUILIBRANTES DE PROJEÇÕES:

  8. Arqueado;
  9. Apanhada;
  10. Açoite de Braço;
  11. Balão Cinturado;
  12. Balão Gravatado;
  13. Crucifixo;
  14. Dentinho;

    D- MOVIMENTOS DESEQUILIBRANTES DIRETOS:

  15. Arrastão;
  16. Cruz;
  17. Banda;
  18. Banda Trançada;
  19. Tesoura;
  20. Rasteira;
  21. Vingativa;
  22. Tombo da Ladeira;
  23. E- MOVIMENTOS TRAUMATIZANTES COM MEMBROS INFERIORES:
  24. Armada;
  25. Calcanheira;

  • Escorão ou Chapa;
  • Joelhada;
  • Meia Lua de Compasso ou Rabo de Arraia;
  • Meia Lua de Frente;
  • Martelo;
  • Ponteira;
  • Queixada;
  • Benção;

    F- MOVIMENTOS TRAUMATIZANTES COM MEMBROS SUPERIORES:

  • Asfixiante;
  • Bochecho;
  • Chave;
  • Cotovelada;
  • Cutila;
  • Forquilha;
  • Telefone;
  • Leque;
  • Galopante;
  • Godeme;
  • Palma;

    G- MOVIMENTOS TRAUMATIZANTES INTERMEDIÁRIOS:

  • Chapéu de Couro;
  • Cabeçada;
  • Sapinho ou Coice;
  • Mortal;
  • Queda de Rins;
  • Vôo do Morcego;

    H- MOVIMENTOS ESTRATÉGICOS:

  • Volta do Mundo (sentido horário ou anti-horário);
  • Chamada ou Passo a Dois (frente, costas, alta e baixa).

TÍTULO V

DO SISTEMA OFICIAL DE GRADUAÇÃO

Artigo 17- Tendo em vista as necessidades de se estabelecer novos estágios de graduações, em virtude do grande

número de crianças que adentram cada vez mais em nossa modalidade, bem como se adaptar as atuais em função de novos ajustes advindos da Lei 9.696 de 02/09/98, que Regulamenta a Educação Física, estabeleceu-se o seguinte SISTEMA DE OFICIAL DE GRADUAÇÃO, o qual é de natureza obrigatória para todas as Ligas Nacionais, Federações Estaduais, Ligas Regionais, Ligas Municipais e Entidades de Prática Desportiva e cultural, bem como para as Associações Brasileiras, Estaduais e Municipais, na forma do Parágrafo 3° do Artigo 5° da Lei Federal 9.615 de 24/03/98, a saber:

SISTEMA OFICIAL DE GRADUAÇÃO

A- GRADUAÇÃO INFANTIL (03 aos 14 anos):

lº estágio - aluno iniciante: sem corda ou sem cordão

2º estágio - aluno batizado: cinza claro/verde

3º estágio - aluno graduado: cinza claro/amarelo

4º estágio - aluno graduado: cinza claro / azul

5º estágio - aluno intermediário: cinza claro / verde e amarelo

6º estágio - aluno adiantado: cinza claro / verde e azul

7º estágio - aluno estagiário: cinza claro / amarelo e azul

C- FORMADOS E ESPECIALISTAS NO ENSINO DE CAPOEIRA

(antigo Quadro de Instrutores):

15º estágio - Formado: verde, amarelo e azul

16º estágio - Monitor: verde e branco

17º estágio - Instrutor: amarelo e branco

18º estágio - Contra Mestre: azul e branco

19º estágio - Mestre: branco

B- GRADUAÇÃO PADRÃO (14 anos em diante):

8º estágio - aluno iniciante: sem corda ou sem cordão

9º estágio - aluno batizado: verde

10º estágio - aluno graduado: amarelo

11º estágio - aluno graduado: azul

12º estágio - aluno intermediário: verde e amarelo

13º estágio - aluno adiantado: verde e azul

14º estágio - aluno estagiário: amarelo e azul

D- CONSELHO SUPERIOR DE MESTRES:

20º estágio - Mestre Integrante: branco brasão em cobre

21° estágio - Mestre Efetivo: branco brasão em prata

22º estágio - Mestre de Honra: branco brasão em ouro

ALGUNS MOVIMENTOS DE CAPOEIRA

Embora os nomes dos golpes de capoeira variem de grupo para grupo, alguns dos principais são:

Capoeira Regional


Regional

A capoeira regional foi criada por Mestre Bimba (Manuel dos Reis Machado, 1899-1974)

Bimba criou sequências de ensino e metodizou o ensino de capoeira. Inicialmente, Bimba chamou sua capoeira de "Luta regional baiana", de onde surgiu o nome regional.

Manoel dos Reis Machado, conhecido por ser um habilidoso lutador nos ringues, e inclusive, ser um exímio praticante da capoeira Angola, procurou fazer com que a capoeira tivesse uma maior força como luta e fez isto incorporando a ela novos golpes. Um fato que é conhecido, é de que Bimba teria incorporado golpes do Batuque, uma luta já extinta, que era rica em golpes traumáticos e desequilibrantes. Inclusive, sabe-se que o pai de Mestre Bimba era praticante desta luta.

Há muita discussão também sobre se Bimba teria ou não absorvido golpes de outras lutas, como judô, o jiu-jitsu, a luta livre e o savate, luta de origem francesa, para compor sua capoeira Regional. Entre os velhos mestres, essa é a opinião vigente, mas, apesar disso, eles não acham que este fato seja negativo ou descaracterizador.

A Regional surgiu por volta de 1930. Mas Mestre Bimba se preocupou não só em fazer com que a capoeira fosse reconhecida como luta, ele também criou o primeiro método de ensino da capoeira, as "sequências de ensino" que auxiliavam o aluno a desenvolver os movimentos fundamentais da capoeira.

Em 1932, foi fundada por Mestre Bimba a primeira academia de capoeira registrada oficialmente, em Salvador, com o nome de "Centro de Cultura Física e Capoeira Regional da Bahia".

Das muitas apresentações que Mestre Bimba fez, talvez a mais conhecida tenha sido a ocorrida em 1953, para o então presidente Getúlio Vargas, ocasião em que teria ouvido do presidente: "A capoeira é o único esporte verdadeiramente nacional."

Na academia de Mestre Bimba, a rigorosa disciplina que vigorava determinava três níveis hierárquicos: "calouro", "formado" e "formado especializado". Uma das maiores honras para um discípulo era poder jogar Iúna, isto é, jogar na roda de capoeira ao som do toque denominado Iúna, executado pelo berimbau. O jogo de Iúna tinha a função simbólica de promover a demarcação do grupo dos formados para o grupo dos calouros. A única peculiaridade técnica do jogo de Iúna em relação aos jogos realizados em outros momentos no ritual da roda de capoeira era a obrigatoriedade da aplicação de um golpe ligado no desenrolar do jogo, além do fato de destacar-se pela maior habilidade dos capoeiristas que o executavam. O jogo de Iúna era praticado apenas ao som do berimbau, sem palmas ou outros instrumentos o que reforçava seu caráter solene. Ao final de cada jogo, todos os participantes aplaudiam os capoeiristas que saíam da roda.

A Regional é mais recente, com elementos fortes de artes-marciais em seu jogo. A Regional (Luta Regional Baiana) tornou-se rapidamente popular, levando a Capoeira ao grande público e mudando a imagem do capoeirista tido no Brasil até então como um marginal. Seu jogo é mais rápido, mas também existem jogos mais lentos e compassados. Apesar do que muitos pensam, na capoeira regional não são utilizados saltos mortais, pois um dos fundamentos da capoeira regional, segundo Mestre Bimba é manter no mínimo uma base ao solo (um dos pés ou uma das mãos). O forte da capoeira regional são as quedas, rasteiras, cabeçadas.

Em toques rápidos como São Bento Grande de Bimba se faz um jogo mais rápido, porém sempre com manobras de ataque e defesa (importante ressaltar que todos os golpes devem ter objetivo), mas sempre respeitando o camarada vencido (parar o golpe se perceber que ele machucará o parceiro, mostrando assim sua superioridade e humildade diante do camarada). Ambos os estilos são marcados pelo uso de dissimulação e subterfúgio - a famosa mandinga - e são bastante ativos no chão, sendo frequentes as rasteiras, pontapés, chapas e cabeçadas.

Capoeira Angola


Angola

A Angola é o estilo mais próximo de como os negros escravos jogavam a Capoeira. Caracterizada por ser mais lenta, porém rápida, movimentos furtivos executados perto do solo, como em cima, ela enfatiza as tradições da Capoeira, que em sua raiz está ligada ao rituais afro-brasileiros, caracterizado pelo Candomblé, sua música é cadenciada, orgânica e ritualizada, e o correto é estar sempre acompanhada por uma bateria completa de 08 instrumentos.

A designação "Angola" aparece com os negros que vinham para o Brasil oriundos da África, embarcados no Porto de Luanda que, independente de sua origem, eram designados na chegada ao Brasil de "Negros de Angola", vide ABC da Capoeira Angola escrito pelo Mestre Noronha quando ele cita o Centro de Capoeira Angola Conceição da Praia, criado pela nata da capoeiragem baiana no início dos anos 1920. Mestre Pastinha (Vicente Ferrera Pastinha) foi o grande ícone do estilo. Grande defensor da preservação da Capoeira Angola, inaugurou em 23 de fevereiro de 1941 o Centro Esportivo de Capoeira Angola (CECA). Dos ensinamentos do Mestre Pastinha foram formados grandes mestres da capoeiragem Angola, a exemplo dos Mestres: João Pequeno, João Grande, Valdomiro Malvadeza, Albertino da Hora, Raimundo Natividade, Gaguinho Moreno, 45, Pessoa Bá-Bá-Bá, Trovoada, Bola Sete, dentre outros que continuam transmitindo seus conhecimentos para os novos angoleiros, como Mestre Morais.

É comum a primeira vista ver o jogo de Angola como não perigoso ou não elaborado, contudo o jogo Angola se assemelha ao xadrez pela complexidade dos elementos envolvidos. Por ter uma sistemática estruturada em rituais de aprendizado completamente diferentes da Regional, seu domínio é muito mais complicado, envolvendo não só a parte mecânica do jogo mas também características como sutileza, o subterfúgio, a dissimulação, a teatralização, a mandinga e/ou mesmo a brincadeira para superar o oponente. Um jogo de Angola pode ser tão ou mais perigoso do que um jogo de Regional.

O MACULELÊ


O Maculelê é uma dança, um jogo de bastões remanescente dos antigos índios cucumbis. Esta "dança de porrete" tem origem Afro-indígena, pois foi trazida pelos negros da África para o Brasil e aí foi misturada com alguma coisa da cultura dos índios que aqui já viviam.
A característica principal desta dança é a batida dos porretes uns contra os outros em determinados trechos da música que é cantada e acompanhada pela forte batida do atabaque. Esta batida é feita quando, no final de cada frase da música, os dois dançarinos cruzam os porretes batendo-os dois a dois.
Os passos da dança se assemelham muito aos do frevo pernambucano, são saltos, agachamentos, cruzadas de pernas, etc. As batidas não cobrem apenas os intervalos do canto, elas dão ritmo fundamental para a execução de muitos trejeitos de corpo dos dançarinos.
Se formos olhar pelo lado de que maculelê é a dança do canavial, teremos um outro conceito que diria ser esta uma dança que os escravos praticavam no meio dos canaviais, com cepos de cana nas mãos para extravasar todo o ódio que sentiam pelas atrocidades dos feitores. Eles diziam que era dança, mas na verdade era mais uma forma de luta contra os horrores da escravidão e do cativeiro. Os cepos de cana substituíam as armas que eles não podiam ter e/ou pedaços de pau que por ventura não encontrassem na hora.

Enquanto "brincavam" com os cepos de cana no meio do canavial, os negros cantavam músicas que evidenciavam o ódio. Eles cantavam-nas nos dialectos que trouxeram da África para que os feitores não entendessem o sentido das palavras. O maculelê pode ser feito com porretes de pau ou facas, mas, alguns grupos praticam o maculelê com tochas de fogo ou "tições" retirados na hora de uma fogueira que também fica no meio da roda junto com os dançarinos.
Actualmente a dança do maculelê é praticada para ser admirada. É parte certa na apresentação de grupos de capoeira.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

NESTE GRUPO TEM AXÉ


axé, axé neste grupo o que nao falta é o axe.....
troca de corda realizado no km 41